Análise de Brasil coração do mundo

Análise de Brasil coração do mundo
clique na imagem

INSCREVA-SE NO CANAL YOU TUBE

INSCREVA-SE NO CANAL YOU TUBE
VLIQUE NA IMAGEM

A FEB É UM PROJETO DE PODER

A FEB É UM PROJETO DE PODER
CLIQUE NA IMAGEM

O dossiê que aniquilou o Espiritismo

O dossiê que aniquilou o Espiritismo
Clique na imagem

ebook Espirita

ebook Espirita
clique acima

ARTIGOS ARQUIVO

ARTIGOS EM AUDIO

ARTIGOS EM AUDIO
CLIQUE NO YOU TUBE

PALESTRAS SOBRE O LIVRO A CAMINHO DA LUZ

PALESTRAS SOBRE O  LIVRO A CAMINHO DA LUZ
CLIQUE NA IMAGEM(Acesse com o navegador Google Chrome)

ENTREVISTA POLÊMICA / PRESIDENTE DA FEB

ENTREVISTA POLÊMICA / PRESIDENTE DA FEB
CLIQUE NA IMAGEM

LIVROS (E-BOOKS) PUBLICADOS

LIVROS (E-BOOKS) PUBLICADOS
CLIQUE NA IMAGEM E ACESSE

busca

MENU

  • LEITORES
  • quarta-feira, dezembro 21, 2005

    ESPIRITISMO, BASE PARA TRANSFORMAÇÃO DOS PARLAMENTOS TEOLÓGICOS EM ACADEMIAS DE ESPIRITUALIDADE
    Jorge Hessen/Brasília
    Podemos afirmar com tranqüilidade que o Espiritismo é uma religião até porque Kardec registrou que no sentido filosófico o Espiritismo é uma religião, e disso nos honramos, pois que é a doutrina que funda os laços da fraternidade e da comunhão de pensamentos não em uma simples convenção, mas sobre a mais sólida das bases: as próprias leis da Natureza.
    Acrescenta, que para muitos a religião é incompatível com os postulados espíritas posto que o termo religião é inseparável da noção de culto, e evoca unicamente uma idéia de forma, com o que o Espiritismo não guarda qualquer relação. Se se tivesse proclamado uma religião, o público nele não veria senão uma nova versão dos princípios inexoráveis em questão de fé, uma hierarquia sacerdotal com seu cortejo de convencionalismos, cerimônias e privilégios; não o distinguiria das idéias de misticismo e dos enganos contra os quais se está freqüentemente bem instruído.
    Não apresentando nenhuma das características de uma religião, na acepção usual da palavra, o Espiritismo não poderia nem deveria ornar-se de um título sobre cujo significado inevitavelmente haveria mal-entendidos. Eis porque ele se diz simplesmente uma doutrina filosófica e moral. .
    Mister considerar que a grande diferença entre o Espiritismo e as religiões ordinárias é que estas normalmente interpretam o Senhor da Vida como um ser supremo, criador de tudo o que existe, porém com características humanas (antropomorfismo). Filosoficamente a Doutrina Espírita enuncia-o como "a Inteligência Suprema, Causa Primária de todas as coisas" dando-lhe por atributos "a eternidade, a imutabilidade, a imaterialidade, a unicidade, a onipotência e a soberana justiça e bondade " o que evidentemente exclui qualquer caráter antropomórfico.
    Outra diferença básica encontra-se na forma pela qual a Doutrina Espírita entende que a busca de Deus deve ser realizada sem especial caráter de regras morais ou da satisfação de cultos formais e externos de várias ordens. Nas hostes espíritas seus postulados não se acoplam a práticas de batismo, crisma, comunhão, confissão; participação em cultos exóticos, rituais, cerimônias; realização de gestos corporais; recitação de fórmulas e rezas; adoração de imagens e objetos diversos; promessas, penitências, jejuns etc...
    Os Espíritos explicam que a comunhão da criatura ao Criador se faz basicamente pela coerência de sua conduta a determinados códigos morais e as medidas de ordem exterior sendo tidas como impróprias e, portanto, inorpoturnas.
    Difere também as propostas kardecianas no que tange as questões de ordem morais. O Espiritismo entroniza-as como, sobretudo aquelas sugeridas por Jesus, e que se circunscrevem no preceito do amor ao próximo. Já as religiões tradicionais tendem, incluir ou não as que tem força de normas evangélicas, ou incluí-las parcialmente, ou acrescentar-lhes outras, ou alterar-lhes a interpretação original etc. Destarte, terminante diferença surge no modo pelo qual essas regras éticas são justificadas.
    Atualmente o cristianismo moderno "justifica" as normas morais que propõe, evocando à autoridade desse ou daquele indivíduo ou instituição; são dogmas, portanto artigos de fé a serem aceitos sem exame. Refletindo sobre a mecânica lógica da vida, dia virá em que os fiéis intérpretes de Kardec serão auxiliares preciosos na transformação dos parlamentos teológicos em academias de espiritualidade. Até porque o Espiritismo estriba seus preceitos éticos no conhecimento de que cientificamente alcança as conseqüências das ações humanas ao longo da existência ilimitada dos seres (reencarnações), conjugado à cláusula teleológica de que todos almejam a felicidade. Nos seus postulados não há espaço para dogmas e injunções dogmáticos, porém, exclusivamente investigação livre e racional dos fatos.
    A missão do Espiritismo consiste precisamente em nos esclarecer sobre a imortalidade, a comunicação dos "mortos", a reencarnação, a habitabilidade em outros planetas.
    É a realidade que nos aparece, pois que são os próprios seres de além-túmulo que nos vêm descrever a situação em que se acham, relatar o que fazem, facultando-nos assistir, a todas as vicissitudes da nova vida que lá vivem e mostrando-nos, pela mediunidade, o fadário inevitável que nos está destinado, de acordo com as nossas obras.


    ADENDO PARA FUTURAS MODIFICAÇÕES
    Religião Espírita
    Cultura é a herança social de um povo. É o conhecimento que um determinado grupo acumulou, e está acumulando, à medida que enfrentou e enfrenta situações, dificuldades, desafios. Essa herança é mantida através dos valores, dos conceitos, da mentalidade das pessoas, que, em constante mudança, fazem adaptações que atendem às necessidades do grupo.
    A religião é um segmento particular dessa cultura. Os conhecimentos construídos através das experiências e vivências da pessoa, e do grupo ao qual pertence, quando enfrenta questões básicas como o significado do sofrimento, da dor, do Universo, da existência, da vida, de Deus, determinam um conjunto que é chamado de religião. Portanto, as diversas correntes religiosas que existiram, e as existentes, refletem diferentes necessidades, diferentes escolhas de questões prioritárias, diferentes interpretações, diferentes respostas, diferentes atitudes e comportamentos.
    As respostas não são dadas, mas construídas pela pessoa ao enfrentar as situações que a sua trajetória de vida apresenta. A visão religiosa é, portanto, uma ferramenta que facilita a construção de respostas.
    A visão de Deus, por exemplo, e a relação Dele com os homens, foram se modificando à medida que o homem foi tendo entendimentos e vivências que permitiram novas interpretações.
    Para a Doutrina espírita, a interpretação religiosa resulta da soma do conhecimento de várias pessoas, encarnadas e desencarnadas, que superam os seus entendimentos anteriores, propiciando respostas que sejam aperfeiçoadas, ampliadas e sustentem um comportamento diferenciado. A interpretação não é definitiva, acabada, absoluta. É aberta, permitindo que novas sínteses sejam realizadas à medida que o conhecimento das pessoas envolvidas se amplie. A religião espírita, portanto, não tem dogmas, não tem posições a serem defendidas com o sacrifício da razão, da compreensão. A Doutrina não pede que se sustente o que não se entende pois essa atitude não resultará em ato consciente e responsável.
    A religião espírita não é a religião do maravilhoso, do sobrenatural, do mágico, do oculto, do mistério, pois "toda a sua extensão é alcançável através do conhecimento" (A. Grimm).
    Na visão espírita, a interpretação religiosa não está isolada de outros segmentos de entendimento humano, como a ciência e a filosofia. A ciência, a filosofia e a religião são interdependentes e se completam, resultando em um quadro muito mais amplo de entendimento do ser humano e da vida do que cada uma delas consideradas isoladamente.
    Para a Doutrina, a religião não necessita de templos, de cultos, de cerimônias, de rituais, de fórmulas, de prescrições, de sacrifícios, de promessas, de sacramentos. Ser religioso, para a Doutrina, não é pertencer a uma igreja, a uma instituição formal. Não há necessidade de sacerdotes; não há intermediários na ligação entre pessoa, creatura, e o seu Creador, Deus.
    O Espiritismo não vincula à religião os conceitos de salvação, de culpa, de castigo, de pecado, mas sim aos de consciência, responsabilidade, avaliação crítica dos atos praticados.
    A religião espírita é uma religião interior. É transformação individual; é intensa e extensa modificação de comportamento da pessoa segundo valores que ampliam a consciência de sua unidade com o Creador.
    A Doutrina espírita afirma a sua singularidade na fé como sendo "sempre a razão através do conhecimento" (L.J.Correia); na esperança, como empenho de construir melhor o futuro; na prece, como exercício de identidade com o Creador; na dor, como reflexão para mudanças; no livre-arbítrio, como fundamental para a evolução; na evolução, como o significado da vida; na moral, como defesa da vida; na morte, apenas como transição entre o polissistema material e o polissistema espiritual; em Jesus, como exemplo, referencial maior para o cotidiano; em Deus, como "a unidade que se revela todos os dias quando nos procuramos" (A. Grimm); na Religião, como comportamento sempre em transformação.
    O Espiritismo é a religião da compreensão alcançada, do entendimento construído, dos valores vivenciados, da modificação consciente do comportamento através do conhecimento renovado de si mesmo, do conhecimento renovado do significado e da unidade da vida, do conhecimento renovado da identidade com o Creador.
    A postura do religioso espírita é a que faz "...reflexão sobre a realidade em que se vive para alcançar o conceitual da sua origem, da significação do espiritual, da natureza, do semelhante, da finalidade evolutiva da vida, do exemplo sublime e benevolente de Cristo, da grandeza, da bondade, da justiça de Deus." (Marina Fidelis)
    O religioso espírita é o que sustenta pensamento, linguagem, comportamento, que o aproximam, cada vez mais, do agenciar conscientemente a organização, o ordenamento, a harmonia, a estruturação inteligente do Universo.

    (Preparado para o Encontro de Coordenadores dos Grupos de Exercício Mediúnico da SBEE sobre Religião Espírita - 2005)