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  • segunda-feira, dezembro 31, 2018

    Quem tem medo de “fantasmas”? (Jorge Hessen)


    Quem tem medo de “fantasmas”?  (Jorge Hessen)

    Jorge Hessen
    jorgehessen@gmail.com 
    Brasília/DF

    O temor de “fantasmas” é uma atitude ingênua causada pela ausência de conhecimento a respeito da natureza etérea dos “mortos”. Sobre as suas aparições são mais frequentes do que se pensa e muitos creem que a preferência dos Espíritos [“fantasmas”] é pelos ambientes escuros, mas isso é um mito e um engano. Ocorre, simplesmente, que a substância vaporosa dos períspiritos dos “fantasmas” é mais perceptível no escuro, tal como ocorre com as estrelas que só podem ser visualizadas à noite. A claridade do dia, por exemplo,  ofusca a essência sutil que constituem os corpos dos “mortos”. Isto porque os tecidos perispirituais são compostos de energia semelhante à luz , portanto, o perispírito dos “fantasmas” não é, digamos, fosco, ao contrário, é dotado de grande diafaneidade para ser perceptível  a olho nu, durante o dia.

    O perispírito, no seu estado normal, é invisível; mas, como é formado de substância etérea, o Espírito, em certos casos, pode, vontade própria, fazê-lo passar por uma modificação molecular que o torna momentaneamente visível. É assim que se produzem as aparições, que não se dão, do mesmo modo que outros fenômenos, fora das leis da Natureza. Conforme o grau de condensação do fluido perispiritual, a aparição é às vezes vaga e vaporosa; de outra, mais nitidamente definida; em outras, enfim, com todas as aparências da matéria tangível. Pode mesmo chegar à tangibilidade real, ao ponto do observador se enganar com relação à natureza do ser que tem diante de si. [1]

    A pesquisadora Elizabeth Tucker, da Universidade Estadual de Binghamton, em Nova York, apresenta diversos relatos de aparições [Espíritos] em campus universitário. Conta-se que os fantasmas revelam o lado sombrio da ética. Suas aparições são muitas vezes um lembrete de que a ética e a moral transcendem nossas vidas e que deslizes podem resultar em um pesado fardo espiritual. No entanto, as histórias de fantasmas também trazem esperança. Ao sugerir a existência de uma vida após a morte, elas oferecem uma chance de estar em contato com aqueles que já morreram e, portanto, uma oportunidade de redenção - uma forma de reparar erros do passado.[2]

    A crença nos “fantasmas” é comum, pois baseia-se na percepção que temos na existência e sobrevivência dos Espíritos e na possibilidade de comunicar-se com eles. Deste modo, todo Ser espiritual que manifesta a sua presença sob várias circunstâncias é um Espírito que no senso comum é chamado de “fantasma”. Comumente, pelo conhecimento vulgar, são imaginados sob uma aparência fúnebre, vindo de preferência à noite, e sobretudo nas noites mais sombrias, em horas fatais, em lugares sinistros, cobertos de lençóis ou bizarramente cobertos. Todavia, os tais “fantasmas” assustadores , longe de serem atemorizantes, são, comumente, parentes ou amigos que se apresentam por simpatia, entretanto podem ser Espíritos infelizes que eventualmente são assistidos; “algumas vezes, são farsantes do mundo Espírita que se divertem às nossas custas e se riem do medo que causam; Mas supondo-se mesmo que seja um mau Espírito, que mal poderia ele fazer, e não se teria cem vezes mais a temer de um bandido vivo que de um bandido morto e tornado Espírito!”[3] 

    Todos que vemos um “fantasma” podemos conversar com ele, e é o que se deve fazer nesse caso, podendo perguntar-lhe quem é, o que deseja e o que se pode fazer por ele. Se o Espírito for infeliz e sofredor, o testemunho de comiseração o aliviará. Se for um Espírito bondoso, pode acontecer que traga a intenção de dar bons conselhos. Tais  Espíritos [“fantasmas”] poderão responder, muitas vezes verbalizando mesmo, porém na maioria das vezes o fazem por transmissão de pensamentos.” [4]

    Os “fantasmas” afáveis, quando surgem, têm intenções elevadas ou, no mínimo para confortarem pessoas queridas que padecem com a desencarnação de entes queridos e ou com a dúvida sobre a continuação da vida post-mortem; oferecerem sugestões ou, ainda, solicitarem auxílio para si mesmos, “o que pode ser feito através de orações e boas ações, no sentido de corrigir ou compensar as transgressões do morto. Mas os espíritos perversos também aparecem e estes, sim, têm o intuito de "assombrar" os encarnados movidos por sentimentos negativos.” [5]

    Os “fantasmas” , aliás, estão por toda parte e não temos a necessidade de vê-los para saber que podem estar ao nosso lado. “O Espírito [“fantasma”]que queira causar perturbação pode fazê-lo, e até com mais penhor, sem ser visto. Ele não é perigoso por ser Espírito [“fantasma”], mas pela influência que pode exercer em nosso pensamento, desviando-nos do bem e impelindo-nos ao mal.” [6]

    Em resumo, não é lógico assustar-nos mesmo diante da “assombração de um morto”.  Se raciocinarmos com calma compreenderemos que um “fantasma”, qualquer que seja, é menos perigoso do que certos espíritos encarnados que existem à sombra das leis humanas (marginais).


    Referências bibliográficas:

    [1]       KARDEC , Allan. O Livro dos Médiuns, II parte “das manifestações espíritas” capitulo VI “manifestações visuais”, RJ: Ed FEB 2000

    [2]      Disponível em https://www.bbc.com/portuguese/vert-fut-46515221   acessado em 25/12/2018.

    [3]       KARDEC, Allan . Revista Espírita, julho de 1860, DF: Ed Edicel, 2002
    [4]       KARDEC , Allan. O Livro dos Médiuns , II parte “das manifestações espíritas” capitulo VI “manifestações visuais”, RJ: Ed FEB 2000
    [5]       KARDEC, Allan . Revista Espírita, julho de 1860, DF: Ed Edicel, 2002
    [6]       KARDEC , Allan. O Livro dos Médiuns , II parte “das manifestações espíritas” capitulo VI “manifestações visuais”, RJ: Ed FEB 2000

    quinta-feira, dezembro 20, 2018

    A doença não pode ser instrumento de punição (Jorge Hessen)

    A doença não pode ser instrumento de punição   (Jorge Hessen)

    Jorge Hessen
    jorgehessen@gmail.com 
    Brasília/DF

    Os órgãos do corpo físico respondem a todos os estímulos (internos ou externos), determinando um encadeamento de reações, além dos estímulos físicos que impactam, através dos sentidos, as emoções ou sentimentos que também provocam reações. Estas excitam ou bloqueiam os mecanismos de funcionamento. Em verdade, o processo de preservação e deterioração de qualquer órgão tem uma relação direta com as emoções e os sentimentos.
    A cólera, a raiva, o temor, a ansiedade, a depressão, o desgosto, a aflição, assim como todas as emoções derivadas delas, sobrecarregam a economia saudável do corpo. Há outros fatores emocionais que podem influenciar patologias físicas, como relacionamentos afetivos infelizes, penúria econômica, desigualdade de renda e estresse relacionado ao trabalho profissional. Quando estamos tristes e depressivos por uma desilusão amorosa, ou quando estamos ansiosos e irritados por causa de dívidas, também desenvolvemos enfermidades.
    Mens sana in corpore sano ("uma mente sã num corpo são") é uma célebre frase latina, proveniente da Sátira X do poeta romano Juvenal. Nós somos o que sentimos. René Descartes já dizia que somos aquilo que pensamos. Quando as nossas emoções são reprimidas, elas acabam se constituindo na fonte de um conflito emocional crônico, segundo Sigmund Freud, que gerará distúrbios físicos ou psicológicos, se não forem aliviadas, mediante os canais fisiológicos competentes.
    O estresse é como um conjunto de reações fisiológicas produzidas pelo nosso organismo para reagir e se adaptar às situações apresentadas no dia a dia. O problema é que tais reações, psíquicas e orgânicas, podem provocar um desequilíbrio no nosso organismo caso ocorram de forma exagerada ou intensa, dependendo também do tempo de duração. Quanto mais durar o estresse, obviamente a ruína será maior.
    Adquirimos doenças porque não conseguimos conviver em harmonia com o meio e com as pessoas ao nosso redor. Enfermamos porque mantemos antipatias, inimizades, desgostos, culpas, arrependimentos, ressentimentos, temores e frustrações que não queremos superar. Por desconhecermos as nossas próprias emoções, muitas vezes desejamos ocultá-las dos outros, e de nós mesmos, mormente os pensamentos e os sentimentos egoísticos.
    Cada doença, cada dor, cada sofrimento, cada frustração, cada sintoma traz uma mensagem única e exclusiva para nós e apenas para nós. Quando estivermos prontos para abrigá-los e compreendermos o que elas querem nos dizer, estaremos aptos a andar firmes pelo caminho do nosso aperfeiçoamento espiritual que decisivamente passa pelas vias da nossa saúde moral.
    Naturalmente, as nossas doenças são advertências da vida para que venhamos a ter mais consciência de nós mesmos e dos nossos compromissos na família, na natureza e na sociedade, governando-nos pela vida caridosa, solidária e amorosa.
    Precisamos ter consciência de que doença e saúde são consequências das nossas livres escolhas através das emoções ou sentimentos, e tal responsabilidade não pode ser terceirizada. Além do quê, a doença não pode ser instrumento de punição. Na verdade, deve ser um expediente de aprendizado, na sábia pedagogia divina, convidando-nos ao exercício do amor

    quarta-feira, dezembro 19, 2018

    Congressos espíritas - “ISCAS” para vendas de apetrechos “doutrinários” (Jorge Hessen)

    Congressos espíritas - “ISCAS” para vendas de apetrechos “doutrinários” (Jorge Hessen)

    Jorge Hessen
    jorgehessen@gmail.com 
    Brasília/DF

    O “movimento espírita” contemporâneo é análogo à expressão “samba do crioulo doido”, criado pelo jornalista Sérgio Porto (Stanislaw Ponte Preta). Cada grupo, cada instituição, cada emissário federativo “oficial”, cada pregador, vai improvisando um singular "espiritismo à moda da casa”. Em face disso, as lideranças oficiais do “movimento espírita” sofisticam conteúdos, arquitetam novidades e adornam conceitos que deveriam ser simples.
    É inexplicável o “silêncio de múmia” das lideranças federativas perante as grotescas adulterações de A Gênese, no século XIX (presentemente reveladas e comprovadas). O que observamos no “movimento espírita” recente, é a reedição do desvio do projeto inicial, de 1857. Os eternos donos do “movimento espírita oficial” perderam o foco do Projeto Espírita Codificado por Allan Kardec e submergiram nos túmulos do ultramontanismo doutrinário, introduzindo um monte de coerções, crendices e ilusões teosóficas, esotéricas e roustanistas.
    O resultado não poderia ser outro - senão - a desunião doutrinária entre os espíritas no Brasil.
    Tudo isso são sequelas das proezas igrejeiras advindos dos ancestrais dirigentes oficiais da cúria febeana, com suas eternas recaídas de espírito de cúpula e infalibilidade. Desta forma, as constrangidas federativas cooperam para o sobrecarregado misticismo, especialmente ao recusarem espaço para os obrigatórios estudos comparativos entre A Gênese ORIGINAL e a febeana, até porque o autodenominado “órgão máximo” do movimento espírita brasileiro bateu o martelo sentenciando que a 5ª. edição mutilada de A Gênese é a definitiva.
    Nessa postura autoritária tal “órgão máximo” do movimento espírita brasileiro atravanca o curso natural das pesquisas, da compreensão, da racionalidade kardeciana,  a fim de que o movimento espírita livre prospere  nos estudos e lições legítimos de Allan Kardec,  que há 150 anos foram criminosamente lançados no  lixo da História pelo lunático Leymarie.
    Mudando um pouquinho de enfoque, informamos que está previsto para 2019 nas terras candangas, mais um soberbo congresso “espírita” destinado aos apatacados.  
    Tais eventos sempre foram excludentes , a rigor são folias religiosas, onde os oradores convidados (sempre são as mesmas figurinhas carimbadas que dão IBOPE) se ostentam para espectadores devotos, em meio a um espetáculo mercantil onde se comercializa de tudo, cd’s , dvd’s,  livros “psicografados”, camisetas impressas, quejandos dentre outros caraminguás diversos, stands sortidos (tipo Tem de Tudo), praças de alimentação etc. Tudo arranjado para deleitar à turba estrábica e ao mesmo tempo impedir que ideias adversas ao “poder oficial dominante” possam ser declarados.
    A mensagem espírita é veiculada através de palestrantes idolatrados por carregarem na bagagem da presunção seus discursos mansos que sempre resvalam no sapecado lugar comum. Discursadores que se creem atores globais sob reluzentes holofotes místicos das paródias populares, tudo sob o beneplácito dos organizadores, dotados de nenhum estofo doutrinário.
    Observa-se alguns pregadores, que se tornaram profissionais da tribuna espírita, com a finalidade de amealharem direta ou indiretamente os recursos financeiros oriundos das “palestras-chamarizes” como “ISCAS” para comercialização de CD’S, DVD’S e LIVROS que são vendidos para o público presente ou alienados para instituições interessadas.
    Seria possível que Allan Kardec sonhasse com esse modelo atual de “movimento espírita” à moda brasileira?  Estamos certos que NÃO!!!!  O Espiritismo sonhado por Kardec era o mesmo Espiritismo que Chico Xavier exemplificou por mais de setenta anos, ou seja, o Espiritismo do Centro Espírita simples, muitas vezes iluminado à luz de lampião; da visitação aos desprovidos de bens materiais, da distribuição do pão, da "sopa fraterna", da água fluidificada, do Evangelho no Lar etc.
    A rigor, a Doutrina Espírita é o convite à liberdade de pensamento, tem movimento próprio, por isso, urge deixar fluir naturalmente, seguindo-lhe a direção que repousa, invariavelmente, nas mãos do Cristo. Sim! E o grande desafio da Doutrina dos Espíritos deve ser o crescimento da qualidade, sem perder de vista a simplicidade que a caracteriza como Nova Revelação.

    domingo, dezembro 09, 2018

    Um “médium curador” [não espírita] e o rebuliço na mídia global (Jorge Hessen)

    Um “médium curador” [não espírita] e o rebuliço na mídia global   (Jorge Hessen)
    Jorge Hessen
    jorgehessen@gmail.com

    A TV Globo entrevistou mulheres que acusaram o “médium” [não espírita] João de Deus sobre as violações sexuais que teriam sofridos quando elas buscaram o tratamento espiritual na “Casa Dom Inácio de Loyola”, localizada em Abadiânia, Goiás. As acusações são de três brasileiras que pediram para não serem identificadas e da coreógrafa holandesa Zahira Lieneke Mous, a única que aceitou mostrar o rosto na televisão.
    Será que estamos diante de crimes análogos ao cometido pelo médico “Roger Abdelmassih” ? Hum! Será ?Em nota enviada à TV Globo a assessoria de imprensa do “médium” [não espírita] afirmou que as acusações são "falsas e fantasiosas" e questiona o motivo pelo qual as vítimas não procuraram as autoridades. Ainda afirma que a situação é lamentável, uma vez que o Médium [não espírita] João é uma pessoa de “índole ilibada"(sic).
    Após a difusão da sinistra notícia (de repercussão nacional), a Federação Espírita Brasileira emitiu uma pequena nota sobre atuação de médiuns curadores, declarando que o Espiritismo orienta que o serviço espiritual não deve ocorrer isoladamente, em face disso, não recomenda a atividade de médiuns que atuem em trabalho individual, por conta própria. Esclarece ainda que tais médiuns “curadores” [dentre eles o (não espírita) “João de Deus”] não estão vinculados ao Movimento Espírita, nem seguindo sua recomendação. (1) “Oh, meno male!”
    Há 5 anos, após leitura de reportagem da Revista VEJA, resolvemos refletir e contextualizar alguns trechos da matéria publicada. O título da reportagem era exatamente: “A face humana do mais endeusado médium brasileiro” (2), a Revista VEJA destacou a capacidade do médium [não espírita] João de Deus de atrair gente do mundo inteiro para um município próximo do Distrito Federal. Afirma a reportagem que o “santificado médium” vive o cotidiano sob o manto da contradição entre o “espírito e a carne”, a “cura e a doença”, o “desprendimento e a vaidade”, os gestos de “generosidade, os arroubos de cólera” e os negócios terrenos (3) [é milionário], os amores [tem onze filhos com dez mulheres diferentes]. (grifei) A cada dois anos o “curandeiro-endeusado do cerrado” troca a frota de carros da família. O dele era um Mohave Kia, avaliado em 2013 em 170 000 reais” [cento e setenta mil reais]. (4)
    Sabemos que a mediunidade não guarda relação com a retidão moral do médium; seu funcionamento independe das qualidades de honradez. O fato é que os médiuns de tais “cirurgiões do além” sempre seduzem grande número de fregueses, estabelecendo, não raro, com a mediunidade, um negócio rendoso, uma polpuda fonte de captação de dólares e reais.
    Em 2013 a instituição dirigida por tal “deus da mediunidade de cura” “ teve um faturamento de aproximadamente 7,2 milhões de reais (isso mesmo! sete milhões e duzentos mil reais), levando-se em conta somente a venda de passiflora, preparado à base de maracujá, produzido ali mesmo, comercializado à época a bagatela de 50 reais o frasco e receitado a uma média de 3.000 visitantes semanais.”. (5)
    É lamentável que os médiuns invoquem "Espíritos" para que lhes sirvam  como “cirurgiões do além” a fim de retalhar e perfurar corpos físicos em nome de “operações espirituais”, que lhes prescrevam placebos.
    É constrangedor essa tendência de subestimar a contribuição da medicina humana, entregando nossas enfermidades aos Espíritos “curandeiros do além” (preferencialmente com nome de santos, ou com sotaque germânic ou hindu) para que "curem" doenças. Lembremos que precisamos "aproveitar a moléstia como período de lições, sobretudo como tempo de aplicação de valores alusivos à convicção religiosa. A enfermidade pode ser considerada por termômetro da fé”. (6)
    Não desconhecemos a possível intervenção dos desencarnados nos processos terapêuticos na Terra, mas não se pode dar prioridade a esse tipo de trabalho, na suposição de curas ou na falsa ideia de fortalecimento do Espiritismo por esses meios. Lembramos que certa vez o Espírito do “Dr. Fritz” quis operar Chico Xavier, em 1965, através do médium [não espírita] Zé Arigó: - "Eu te ponho bom desse olho. Faço-te a cirurgia agora! Pronunciou Arigó, e Chico Xavier respondeu-lhe: - "Não, isso é um reflexo do passado. Eu sei que o senhor pode consertar o meu olho. Mas como o compromisso do passado continuará, vai aparecer-me outra doença. Como eu já estou acostumado com essa, eu a prefiro. Por que eu iria querer uma doença nova?.
    Os Espíritos não estão à disposição para promover curas de doenças que não raro representam providências corretivas para nosso crescimento espiritual no buril de reparação moral. Por tudo isso, é urgente não abrirmos mão da precaução! Ainda mesmo que o excesso em tudo seja ruinoso. Contudo, Kardec endossa nossa atitude dizendo que “vale mais pecar por excesso de prudência do que por excesso de confiança". (7)

    Referências bibliográficas:

    [1]           Disponível em http://www.febnet.org.br/blog/geral/noticias/feb-esclarece-sobre-atuacao-de-mediuns-curadores/    acesso 08/12/2018
    [2]          Disponível em http://vejabrasil.abril.com.br/brasilia/materia/joao-do-ceu-e-da-terra-508 acesso em 14/09/2013
    [3]          Suas economias vêm do garimpo. Ele é dono de fazendas na região, é proprietário de apartamentos em Brasília, Goiânia, Anápolis e Abadiânia, segundo a Revista Veja
    [4]          Disponível em http://vejabrasil.abril.com.br/brasilia/materia/joao-do-ceu-e-da-terra-508 acesso em 14/09/2013
    [5]          Idem
    [6]          VIEIRA, Waldo. Conduta Espírita, Ditado pelo Espírito André Luiz, Cap.35. RJ: Editora FEB, 1977-5ª edição
    [7]          KARDEC, Allan. Viagem Espírita-1862, Brasília, Ed. Edicel, 2002, pág. 33

    terça-feira, dezembro 04, 2018

    Deus não pune, logo a nossa dor não é uma “reação” a nada (Jorge Hessen)

    Deus não pune, logo a nossa dor não é uma “reação” a nada (Jorge Hessen)

    Jorge Hessen

    Em sânscrito, karma significa "ato deliberado". Nas suas origens, a palavra karma significava "força" ou "movimento". Apesar disso, a literatura pós-védica expressa a evolução do termo para "lei" ou "ordem", sendo definida muitas vezes como "lei de conservação da força". Isto significa que cada pessoa receberá o resultado das suas ações. É um mero caso de causa e consequência. [1]
    O Espiritismo esclarece que o sofrimento atual não está obrigatoriamente relacionado às nossas ações erradas (“pecados”) do passado, porém ao estado de imperfeição moral mantido no presente. Logo, sofremos nesta atual encarnação em virtude da imperfeição da qual ainda não nos libertamos, e não por causa de atos errados (“pecados”) atuais ou de outras encarnações.
    Conta-se que um sofrimento desta vida, se não tem causa visível, estará certamente na vida anterior. Por esta razão defende-se o princípio do carma, ou causa e efeito, ou inadequadamente de “ação e reação”. Mas não é esse o preceito revelado pelos espíritos superiores, até porque é uma ingenuidade crer que o carma ou “pecado” é o princípio que Deus estabeleceu como regras que devem ser obedecidas pelos indivíduos, caso contrário serão “castigados”. Contudo se forem obedientes serão recompensados.
    Ninguém sofre tão-somente para “pagar” a ação errada do passado. A nossa dor não é uma reação a nada, mas uma ação, pois sofremos necessariamente pela causa da liberdade e não "por causa" dela. Allan Kardec faz ligeira alusão ao termo causa e efeito e jamais citou o termo “carma” para pesquisar e esclarecer as razões da dor e das aflições. Portanto, o “carma” não foi mencionado em nenhum momento por Kardec ou pelos Benfeitores espirituais. Além do mais, a reencarnação jamais será um processo punitivo. Renascemos para progredirmos. Se sofremos, de vez em quando, é pela causa que abraçamos livremente e não inapelavelmente por causa de alguma desobediência às leis divinas.
    Na pergunta nº 132 do Livro dos Espíritos, Kardec questiona sobre qual seria o objetivo da encarnação. A resposta é clara: “A lei de Deus impõe a encarnação com o objetivo de chegarmos à perfeição ...”. Em nenhum momento aparece a palavra amargura, fardo, dor ou qualquer outro termo que signifique “carma”.  Pelas sucessivas existências, mediante nossos esforços e desejos de melhoria no caminho do progresso, avançamos sempre e alcançamos a perfeição, que é a nossa destinação final”. [2]
    "Os sofrimentos devidos a causas anteriores à existência presente, como os que se originam de culpas atuais, são muitas vezes o efeito da falta cometida, isto é, o homem, pela ação de uma rigorosa justiça distributiva, sofre [“muitas vezes”] o que fez sofrer aos outros. Se foi duro e desumano,poderá ser a seu turno tratado duramente e com desumanidade; se foi orgulhoso, poderá nascer em humilde condição; se foi avaro, egoísta, ou se fez mau uso de suas riquezas, poderá ver-se privado do necessário; se foi mau filho, poderá sofrer pelo procedimento de seus filhos, etc." [3] Evidentemente as expressões "muitas vezes" e "poderá" relativiza o processo da lei e não afirma que a dor seja sempre uma penalidade. Até porque as leis de Deus não são punitivas.
    O livre-arbítrio é a nossa grande ferramenta evolutiva, inexistindo, pois, determinismos e fatalidades. A fatalidade existe apenas na escolha que fazemos ao reencarnar e suportar esta ou aquela prova. E da nossa escolha resulta uma espécie de destino, que é a própria consequência da posição que escolhemos e em que nos achamos. Falamos das provas de natureza física porque, quanto às de natureza moral e às tentações, ao conservarmos nosso livre-arbítrio quanto ao bem e ao mal, seremos sempre senhores para ceder ou resistir...”. [4]
    Atingido o patamar evolutivo de nos integrar ao reino humano conquistamos gradualmente a faculdade do livre arbítrio. Apoderamo-nos da liberdade como a grande alavanca da evolução. A liberdade de escolher nosso próprio destino, todos os dias, torna-se o diferencial entre nós e os animais inferiores, que ainda não podem discernir entre o bem e o mal, o certo e o errado, o moral e o imoral.
    Expõe Kardec que a Lei de Deus está gravada na consciência de cada um. Desta forma, identificamos o porquê da liberdade de consciência, e da sua progressividade à medida que a realizamos em nós. [5] Deus é amor, não existe nada fora de Deus; portanto deduzimos que não existe nada fora do amor. O que é contrário à Lei de Deus, na realidade não existe de forma absoluta. As nossas escolhas transportam na essência as implicações boas ou ruins.
    Em síntese, sofremos as consequências naturais de todas as imperfeições que não conseguimos corrigir, mas não porque “pecamos” no passado. O nosso estado, feliz ou calamitoso, é intrínseco ao nosso estado de pureza ou impureza. Por isso, não devemos procurar em Deus a imunidade das nossas dificuldades, mas exoremos a força necessária para superá-las. Notando que no mundo espiritual não há qualquer código que puna ou premie, por lá vigora a "Lei da Escolha das Provas", e não "Lei de Causa e Efeito" com atributos punitivos. O espírito sempre escolherá o que ele irá enfrentar no futuro, como meio de seu desenvolvimento moral e intelectual.

    Referências bibliográficas:
    [1]            Disponível em https://www.significados.com.br/karma/   acesso 02 de dezembro de 2018
    [2]            KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos. 50a ed., Rio de Janeiro: Ed. FEB, 1980, questão 132
    [3]            KARDEC, Allan. O Evangelho Segundo o Espiritismo., Capítulo V - Rio de Janeiro: Ed. FEB, 1975
    [4]            KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos. 50a ed., Rio de Janeiro: Ed. FEB, 1980, questão 851
    [5]            Idem, questão 621

    quinta-feira, novembro 29, 2018

    Perante os filhinhos que retornam para o além ( Jorge Hessen)

    Perante os filhinhos que retornam para o além ( Jorge Hessen) 

    Jorge Hessen 
    jorgehessen@gmail.com 

    Efetivamente, ninguém está preparado para receber a notícia de que o filho tem câncer, ainda mais quando se trata de uma criança. E nada é capaz de preparar um pai e uma mãe para ver essa criança perder a batalha. Em Lancashire, na Inglaterra, o menino Charles Proctor, de 5 anos, pediu "desculpas" à mãe antes de falecer em seus braços. Ele tinha um tipo raro de câncer e desencarnou no colo de sua mãe, Amber Schofield. 
    No mês de novembro de 2018, Schofield, 24 anos, segurava o pequeno Charles no colo, quando ele deu seu último suspiro. Em um post emocionado na página que criou no Facebook para contar a história do garoto e pedir ajuda financeira para que ele pudesse realizar um transplante nos Estados Unidos, ela relatou que, algumas horas antes de desencarnar, o menino disse a ela: "Mamãe, me desculpe por isso". [1] 
    É dificílimo imaginar o tamanho da angústia pela qual passou Amber Schofield. Só quem viveu situações semelhantes pode descrever. Imaginemos a aflição da mãe ao ouvir o pedido de "desculpas" do filho, por uma situação da qual ele não tinha controle algum, apenas por vê-la sofrer. Todavia, a dignidade que Schofield experimentou, sem revolta e com humildade, demonstrou o quanto ela estava preparada para a situação. 
    Foi-se o corpo de Charles, não sua essência, o espírito imortal, que o corpo habitava. Há muitas pessoas que passam por experiência análoga, porém revoltam-se e blasfemam. 
    No século XIX, Allan Kardec inquiriu aos espíritos: "qual a utilidade das mortes prematuras?". E os Benfeitores responderam: que "a maioria das vezes servem como provação para os pais." [2] Todavia, alguns insistem em dizer que é uma terrível tragédia ver uma vida, tão cheia de esperanças, ser ceifada prematuramente. 
    Pacifiquemos a consciência em vez de nos infelicitarmos quando for dos desígnios de Deus retirar um de nossos filhos deste planeta de provas e expiações. Concebemos que muitas situações chamadas de infelicidade, segundo apressadas interpretações, cessam com a vida física e encontram a sua compensação na vida além-túmulo. 
    Há casos de desencarnações precoces que não estão inseridos no processo de consequências naturais das escolhas do passado delinquente e configuram sim, ações meritórias de Espíritos missionários que renascem para viverem poucos anos em contato com a carne em função de tarefas espirituais relevantes. Sobre isso, o Espirito André Luiz escreveu o seguinte: "Conhecemos grandes almas que renasceram na Terra por brevíssimo prazo, simplesmente com o objetivo de acordar corações queridos para a aquisição de valores morais, recobrando, logo após o serviço levado a efeito, a respectiva apresentação que lhes era costumeira." [3] 
    Emmanuel, com a nobre sensibilidade que lhe assinala o modo de ser, considera que “nenhum sofrimento, na Terra, será talvez comparável ao daquele coração que se debruça sobre outro coração regelado e querido que o ataúde transporta para o grande silêncio.” E acentua, convincente: “Digam aqueles que já estreitaram de encontro ao peito um filhinho transfigurado em anjo da agonia. [4] 
    Porém, ante aqueles que demandam a Vida na Espiritualidade, o comportamento do espírita é algo diferente, ou pelo menos deve ser diferente, variando contudo de pessoa a pessoa, com prevalência, evidentemente, de fatores ligados à fé e à emotividade. Chora, discreto, mas se fortalece na oração. Na certeza da Imortalidade Gloriosa, reprime o pranto que desliza na fisionomia sofrida, porém busca na Esperança uma das virtudes evangélicas, o bálsamo para a saudade justa. 
    O Espírita sincero jamais se confia ao desespero. “Não cede aos apelos da revolta, porque revolta é insubordinação ante a Vontade do Pai, que o espírita aprende a aceitar, paradoxal e estranhamente jubiloso, por dentro, vergado embora ao peso das mais agudas aflições.” [5] 

    Referências bibliográficas: 

    [1] Disponível em https://noticias.bol.uol.com.br/ultimas-noticias/entretenimento/2018/11/13/garoto-de-5-anos-pede-desculpas-a-mae-ao-morrer-de-cancer-em-seus-bracos.htm?cmpid=copiaecola acesso em 25/11/2018 

    [2] KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos, Rio de Janeiro: Ed FEB, 2001 questão n° 346 a 347 

    [3] XAVIER, Francisco Cândido. Entre a Terra e o Céu, ditado pelo Espírito André Luiz, Rio de Janeiro: Ed FEB 1988 Xavier 

    [4] PARALVA, J. Martins. O PENSAMENTO DE EMMANUEL, RJ: Ed FEB, 1990 

    [5] Idem




    terça-feira, novembro 20, 2018

    Adão e Eva, “pecado”, “castigo”, “culpa” e o livre arbítrio (Jorge Hessen)

    Adão e Eva, “pecado”, “castigo”, “culpa” e o livre arbítrio (Jorge Hessen) 



    Jorge Hessen 
    jorgehessen@gmail.com 

    É ingênuo crermos no “pecado”, qualificado dogmaticamente como uma ofensa contra Deus, que por sua vez revida mediante o tal“castigo” que inflige ao “pecador”. Ora, vejamos que Deus não se ofende com os equívocos das suas criaturas em processo de evolução. Em face disso o tal “castigo” não é e nem pode ser uma espécie de vingança ou uma atividade pessoal do Criador (antropomórfico) para penitenciar o “pecador”. 

    Deus não pune; Deus AMA! Sobre isso, Jesus inovou o pensamento teológico ao apresentar Deus como um pai bondoso e justo, em substituição à divindade colérica, vingativa e caprichosa dos povos ancestrais. Na verdade, o indigesto dogma do “pecado” foi criado pela senil e heterônoma teologia humana. Advém dos espetáculos mitológicos protagonizados por Adão e Eva, que supostamente teriam desobedecido uma ordem divina e atraíram para si e para toda humanidade uma maldição que implicaria em toda sorte de males, dores, erros, crimes e tudo quanto fosse ruim. 

    Daí a pueril crença do “pecado original” na Terra, com a represália divina entre os homens através das doenças, da morte e todo tipo de contradição. Vagando por essas crendices, afirma-se que já nascemos “culpados”, que somos “pecadores”, que temos o DNA da transgressão, tudo isso por causa do escandaloso casal adâmico da velha mitologia. Garantem os arautos de tais imposições dogmáticas que se há injustiça no mundo, se crianças nascem defeituosas, se existe guerra, fome, tragédias e muita malignidade, tudo é culpa do “pecado original’; portanto, tudo procedente dos lendários Adão e Eva. 

    Perante a Lei de justiça divina, o adepto do Espiritismo recusa a ideia de transferência de responsabilidade dos atos errados dos outros, pois cada um é responsável por si naquilo que deliberar empreender. Pela lei da reencarnação, todos trazemos ao renascer as matrizes das imperfeições que mantemos. Deste modo, transportamos os germens dos defeitos que não superamos que se traduzem pelos instintos naturais e tendências para tal ou qual ação. É esse o sentido racional para o tal “pecado original”, ou seja, escolhemos sempre as experiências provacionais a fim de superá-las. 

    Quando nos desviamos do amor escolhendo arrastar-nos pelas paixões, entramos em rota de colisão com as Leis Divinas (inscritas na consciência) e criamos para nós o psiquismo desarmônico, mantendo as deficiências do senso moral. Ao desencarnarmos arrastamos para o mundo espiritual todas as imperfeições e ao renascermos trazemos as desarmonias conscienciais como tendências naturais. 

    O anseio íntimo pela liberdade consciencial rejeita o dogma do “pecado original” e da vassalagem cega a Deus. Reencarnamos muitas vezes na Terra ou em outros orbes realizando nosso aperfeiçoamento moral. Recordemos que no princípio de nossa evolução humana éramos “simples e ignorantes” (sem qualquer “pecado original”) e pela evolução chegaremos à perfeição moral. Portanto, penetramos na humanidade sob o manto de purezas e simplicidades; dessa forma nos tornamos gradualmente senhores e únicos depositários da consciência, cuja lesão ou bem-estar não dependem definitivamente senão de nossa vontade e das disposições do nosso livre-arbítrio. 

    O comportamento livremente deliberado acarreta consequências naturais. Se transgredimos as leis divinas da consciência atraímos consequências naturais e desagradáveis na medida da imperfeição moral que mantemos. Por isso, jamais devemos nos entender injustiçados ou apenados nas ocorrências da vida. E nem perseguidos, e muito menos punidos. 

    A “cada existência temos os meios de nos redimir pela reparação e de progredirmos, quer despojando-nos de alguma imperfeição, quer adquirindo novos conhecimentos, e assim, até que suficientemente aperfeiçoados, não necessitemos mais da vida corporal e possamos viver exclusivamente a vida espiritual, eterna e bem-aventurada. ” [1] 

    Somos reflexos das nossas livres escolhas, porém inevitavelmente somos por Deus amorosa e sabiamente conduzidos rumo à suprema felicidade, sempre na conformidade dos caminhos que sem coação elegemos através do uso cabal do livre-arbítrio. 

    Referência bibliográfica: 

    [1] KARDEC, Allan. A Gênese, 26ª Ed. Rio de Janeiro: FEB, 1984. Cap. I item 38

    terça-feira, novembro 13, 2018

    Conflitos de conduta e subjugação (Jorge Hessen)

    Conflitos de conduta e subjugação (Jorge Hessen)

    Jorge Hessen


    Charity era viciada em drogas e deu à luz o menino Paris.  Nove anos depois engravidou novamente e teve a menina Ella. O menino era mais introvertido e tímido, enquanto Ella era extrovertida, teimosa e determinada.
    Charity conseguiu ficar longe das drogas por alguns anos. Porém, quando Paris tinha 12 anos e Ella 3, teve uma recaída (por seis meses) com cocaína. Foi difícil para Paris perceber que sua mãe era uma viciada. Transtornado, com 13 anos de idade, ele sufocou e esfaqueou sua irmã 17 vezes com uma faca de cozinha. Após o crime, ligou para o 911, o número de emergência local. Paris disse à polícia que estava dormindo e que, ao acordar, viu que Ella tinha se transformado em um demônio em chamas. Então, ele teria pegado a faca e tentado matar o "demônio".
    Em 2007, Paris foi condenado a 40 anos de prisão pelo assassinato. Charity estava convencida de que o crime não havia sido um acidente ou resultado de uma psicose temporária, pois, para ela, Paris realmente quis matar a irmã. Charity acredita que a recaída nas drogas contribuiu para deixar Paris furioso. Entretanto, do mesmo modo crê que grande parte do que está por trás da personalidade do filho seja genética, pois o pai de Paris tinha esquizofrenia do tipo paranoica, caracterizada por exemplo pela presença de ideias frequentemente de perseguição, em geral acompanhadas de alucinações.
    Cremos que o ambiente familiar e social tem papel importante no desenvolvimento e manutenção de transtorno de conduta. Em alguns casos o uso de álcool e drogas pela mãe durante a gestação, e também de alguns medicamentos, já foram confirmados. As pessoas com transtorno de conduta são caracterizadas por padrões persistentes de comportamento socialmente inadequado, agressivo ou desafiante, com violação de normas sociais ou direitos individuais. São pessoas carentes de amor e de apreço pela sociedade, por isso ignoram o outro. Adotam costumes criminosos sem nenhum remorso, conservando-se frios e insensíveis ao que ocorre ao seu redor.
    Para a psicologia o “self” nessas pessoas é desconectado do “ego”, padecendo uma rachadura que impede o completo relacionamento que determinaria a sua adaptação ao grupo social. O Espiritismo explica que isso procede de legados morais e espirituais que brotam das experiências infelizes de outras existências, quando o Espírito delinquiu, camuflando a sua culpa e se esquivando da coexistência social. E há em muitos casos influências espirituais que podem levar a desviosde conduta e mau caráter.
    Allan Kardec esclarece que há vários tipos de obsessão, sendo o mais grave o de subjugação, em que o obsessor interfere e domina o cérebro do encarnado. A subjugação pode ser psíquica, física ou fisiopsíquica. Assim, as doenças mentais ou físicas também podem, de acordo com o conhecimento espírita, sofrer influências externas.
    Recuando à época de Jesus, conferimos que os evangelistas anotaram diversos episódios de obsessões. A exemplo de Lucas, que descreveu o homem que se achava no santuário, possuído por um Espírito infeliz, a gritar para Jesus, tão logo lhe marcou a presença: “que temos nós contigo?”. [1]
    Numa ação obsessiva, seguida de possessão e vampirismo, o evangelista Marcos escreveu sobre o auxílio seguro prestado pelo Cristo ao pobre gadareno, tão intimamente manobrado por entidades cruéis, e que mais se assemelhava a um animal feroz, refugiado nos sepulcros. [2] No episódio da obsessão envolvendo alma e corpo, o apóstolo Mateus anotou que o povo trouxe ao Mestre um homem mudo, sob o controle de um Espírito em profunda perturbação e, afastado o hóspede estranho pela bondade do Senhor, o enfermo foi imediatamente reconduzido à fala. [3]
    Na obsessão indireta, cuja vítima padece de influência aviltante, sem perder a própria responsabilidade, o discípulo amado João registrou que um Espírito perverso havia colocado no sentimento de Judas a ideia de negação do apostolado. [4] E na complicada obsessão coletiva causadora de “moléstias-fantasmas”, encontramos o episódio em que Filipe, transmitindo a mensagem do Cristo entre os samaritanos conseguiu que muitos coxos e paralíticos se curassem, de pronto, com o simples afastamento dos Espíritos inferiores que os molestavam. [5]
    Diante dessas inquietações espirituais, Emmanuel afirma que o Novo Testamento trata o problema da obsessão com o mesmo interesse humanitário da Doutrina Espírita. Em face disso, devemos manter-nos atentos e ampliar o serviço de socorro aos processos obsessivos de qualquer procedência, porque os princípios de Allan Kardec revivem os ensinamentos de Jesus, na antiga batalha da luz contra a sombra e do bem contra o mal. [6]

    Referências bibliográficas:
    [1]           Lucas  4: 33,35
    [2]           Marcos 5: 2,13
    [3]           Mateus 9: 32,33
    [4]           João 13: 2
    [5]           Atos 8: 5,7
    [6]           XAVIER, Francisco Cândido. Seara dos Médiuns, ditado pelo espírito Emmanuel, RJ: Ed. FEB, 2001


    segunda-feira, novembro 05, 2018

    Genética e caviares ante o mérito natural (Jorge Hessen)

    Genética e caviares ante o mérito natural (Jorge Hessen)



    Jorge Hessen

    O termo meritocracia provém do prefixo latino meritum ("mérito") e do sufixo grego cracia, ("poder”), sugere conjunturas conseguidas por mérito pessoal. É óbvio que a estrutura biogenética (os genes) não definem méritos individuais, embora posam influenciar. Considerando-se que há fatores ambientais e espirituais, os méritos pessoais não podem ser explicados somente por fatores genéticos.
    Vociferam, especialmente os ideólogos “caviar”, que há contradição na crença popular da “meritocracia”, considerando o modelo de hierarquização baseado nos méritos pessoais de cada indivíduo. Trombeteiam que nascer em berço de ouro é melhor do que nascer inteligente, porque duas pessoas geneticamente semelhantes podem ter pontuações diferentes no teste de QI, e as mais ricas investiram mais recursos escolares em seus filhos. Esbravejam assim os seguidores da “romanesca ideologia igualitária”, inclusive alguns “espíritas ateus”, conforme declara o blog http://espiritismoateu.blogspot.com/ (creia!).
    Essa “vã ideologia igualitária”, que extasia a mente desconexa de lógica, parece ser mais “justa”, e parece atender melhor à parte mais “desprotegida” da sociedade. Porém, a pauta do “igualitarismo” carrega consigo a nódoa desprezível da incapacidade de respeitar o livre arbítrio individual. A “fantasiosa ideologia igualitária” não conseguirá jamais se estabelecer com o consentimento dos cidadãos lúcidos. Em face disso precisa se impor à força para que os “mais iguaizinhos” (grupelhos saqueadores da liberdade individual) conduzam e proíbam a “liberdade” do resto da massa aturdida e reprimida.
    Via de regra, os oportunistas e ideólogos “esturjões” ou obsidiados por caviar são ateus, abrangendo, como se vê no blog acima, determinados “espíritas”...(espíritas!?...hum!!!!), materialistas e impetuosos mensageiros de sistemas [repressores] e incontestavelmente repletos de cobiça (fascinados por dinheiro – o materialismo). Tais criaturas bucólicas não compreendem que a tão sonhada e “folclórica ideologia igualitária” seria a curto prazo desfeita pelo pesadelo lógico da meritocracia e pela força das circunstâncias.
    As considerações espíritas certamente não podem ser entendidas de forma ingênua e fatalista, segundo o conceito de que as coisas são como são em decorrência unicamente de causas passadas e de que devemos nos sujeitar a elas. Rejeitarmos a extrema desigualdade social e fazermos o possível para reduzirmos as distâncias que existem entre as pessoas é obrigação de todos.  Indubitavelmente não é natural a desigualdade extrema na sociedade. É obra dos egoístas, e não de Deus. Mas essa desigualdade extremada desaparecerá quando o egoísmo e o orgulho deixarem de predominar. “Permanecerá porém a desigualdade do merecimento, pois que a cada um segundo seus méritos, como proferiu Jesus.” [1]
    Em verdade, “O Espiritismo [...] em face das doutrinas religiosas enfraquecidas, petrificadas pelo interesse material, impotentes para esclarecer o Espírito humano, ergueu-se uma filosofia racional, trazendo em si o germe de uma transformação social, um meio de regenerar a Humanidade, de libertá-la dos elementos de decomposição que a esterilizam e enodoam”. [2] A Justiça Divina se baseia no livre-arbítrio e nas ações individuais. Não é a opressão coletiva que fará um indivíduo social, fraterna ou moralmente melhor; é o mérito de cada um que refletirá no coletivo.
    Não é raro se fazer referência à meritocracia espírita, designada por Kardec como aristocracia intelecto-moral, desmerecendo-a por analogia à meritocracia vigente. A meritocracia espírita é fundamentada nas conquistas morais do Espírito encarnado. Os conceitos do Espiritismo defendem a meritocracia do ideário liberal, a liberdade individual e quem batalha por esses valores não deve ser tido como um antidemocrático.
    O conceito meritocrata reflete que o progresso depende diretamente do esforço individual que não é “recompensa”, mas consequência natural, efeito desejado, ou seja, só prospera quem escolhe avançar. Quem assim não age, padecerá as naturalíssimas decorrências educativas conexas. Todavia, do ponto de vista material, a sociedade organiza-se conforme o próprio nível moral dos seres, e quanto mais evoluída, mais o mérito é reconhecido como base da justiça.

    Referências bibliográficas:

    [1]       KARDEC Allan. O Livro dos Espíritos , questão 812,  RJ: Ed. FEB, 2000
    [2]       DENIS, Leon. Depois da Morte, capitulo 24, Rio de Janeiro: Ed. FEB, 1998

    quinta-feira, novembro 01, 2018

    Superações íntimas por meio do perdão (Jorge Hessen)

    Superações íntimas por meio do perdão   (Jorge Hessen)


    Jorge Hessen
    jorgehessen@gmail.com

    Com Kardec aprendemos que devemos amar os criminosos [que nos ultrajam] como criaturas de Deus, “às quais o perdão e a misericórdia serão concedidos, se se arrependerem”(1), como também a nós, pelas faltas que cometemos contra sua lei. Não nos cabe dizer de um criminoso: é “um miserável; deve-se expurgar da terra; não é assim que nos compete falar. Que diria Jesus se visse junto de si um desses desgraçados? Lamentá-lo-ia; considerá-lo-ia um doente bem digno de piedade; estender-lhe-ia a mão. Em realidade, não podemos fazer o mesmo, mas pelo menos podemos orar por ele.” (2)
    No quotidiano, quando somos ofendidos por esse ou aquele motivo, quase sempre encapsulamos o desejo de revanche e mantemos o "link" mental com as forças poderosas do mal, que somadas a outras tantas circunstâncias potencializam as sombras de nossos desagravos. Naturalmente, o perdão não significa conivência com o erro, até porque a atitude de perdoar e desculpar sem limites pode incitar o criminoso à prática do mesmo ato reprovável. Isso não é perdão, mas subserviência ou omissão.
    Ora, todos sabemos que perdoar coisas leves contra nós mesmos é relativamente fácil; porém, quando se trata de algo mais grave como um assassinato, um estupro, uma infidelidade conjugal por exemplo, a dificuldade de superação da mágoa aumenta consideravelmente. Por isso a Doutrina Espírita leva a refletir que o perdão será sempre o sentimento que nas superações pessoais transcendem ao próprio ser.
    Escutemos as palavras de Jesus: "Ouvistes que foi dito: Amarás ao teu próximo, e odiarás ao teu inimigo. Eu, porém, vos digo: Amai aos vossos inimigos, e orai pelos que vos perseguem e caluniam" (3). E mais: "Se perdoares aos homens as faltas que cometeram contra vós, também vosso Pai celestial vos perdoará os pecados; mas, si não perdoardes aos homens quando vos tenham ofendido, vosso Pai celestial também não vos perdoará os pecados". (4)
    Não resta dúvida de que aprendendo a perdoar estaremos promovendo nosso crescimento espiritual. Mas não podemos nos deixar ensopar de hipocrisia ao ponto de dizermos que já conseguimos perdoar todos os que nos ofendem. Certamente os agravos que nos façam não ficarão isentos das consequências naturais, mas deixemos a cargo do Criador a justa reparação.
    Ouçamos o Mestre: "Aprendestes que foi dito: olho por olho e dente por dente. – Eu, porém, vos digo que não resistais ao mal que vos queiram fazer; que se alguém vos bater na face direita, lhe apresenteis também a outra...". (5) Os Benfeitores advertem: "No Cristianismo encontram-se todas as verdades; são de origem humana os erros que nele se enraizaram. Jesus não quis dizer para deixarmos de reprimir o mal, mas para não pagar o mal com outro mal. Perdão é o pagamento do mal com o Bem... O perdão nivela os homens pelo que neles há de melhor, libertando quem perdoou dos maus sentimentos que o escravizavam a quem o feriu.” (6)
    Refrear o desejo de vingança não é possível quando alguém sente o coração transbordar de fúria. Contudo, lembremos que entre o desejo de vingança e a execução da ação vingativa existe espaço suficiente para exercermos o livre-arbítrio, ou seja, a escolha entre o bem e o mal. A vingança será sempre uma atitude insensata e inútil, até porque nenhum benefício trará ao nosso progresso, e uma vez consumada, terá satisfeito apenas a nossa inconformação diante dos desconhecidos motivos da nossa provação.

    Referências bibliográficas:

    [1]           KARDEC, Allan. O Evangelho Segundo o Espiritismo. Caridade ara com os criminosos, instruções de Elisabeth de France (Havre, 1862),  Rio de Janeiro: Ed FEB, 2000, Cap. 11 
    [2]           KARDEC, Allan. O Evangelho Segundo o Espiritismo. Caridade ara com os criminosos, instruções de Elisabeth de France (Havre, 1862),  Rio de Janeiro: Ed FEB, 2000, Cap. 11 
    [3]           Mateus, 5: 43 e 44
    [4]           MATEUS, cap. VI, vv. 14 e 15.
    [5]           Cf. Mateus, cap. V, vv. 38 a 42
    [6]           KARDEC Allan. O Evangelho segundo o Espiritismo, RJ: Ed FEB, 2003, cap. VI, item 5, 118

    A escola poderá fazer o cidadão, mas somente o lar pode edificar o homem (Jorge Hessen)

    A escola poderá fazer o cidadão, mas somente o lar pode edificar o homem (Jorge Hessen)





    Jorge Hessen

    No Japão, tarefas escolares como limpeza da sala de aula são feitas pelos próprios alunos que ainda têm atividades extracurriculares de esporte e artes que instruem para o respeito à coisa pública e a importância do trabalho em grupo. Além das aulas, a rotina de um professor no Japão inclui aconselhamento, serviços administrativos e visitas às casas dos alunos. Valoriza-se a aprendizagem ativa, onde o aluno é protagonista, e o professor mediador, sempre com o envolvimento da família na educação para se alcançar os melhores resultados.
    Na verdade, os pais são responsáveis pelo desenvolvimento dos valores dos filhos e não devem apostar na escola para exercer essa tarefa. Um pai autêntico é aquele que cultiva em casa a cidadania familiar. Ou seja, ninguém em casa pode fazer aquilo que não se pode fazer na sociedade. É preciso impor a obrigação de que o filho faça isso, e assim cria-se a noção de que ele tem que participar da vida comunitária. Não há dúvida de que ante as balizas do bom senso e moderação os pais precisam estabelecer limites. Porém, essa exigência é muito mais acompanhar os limites daquilo que o filho é capaz de fazer.
    Até os sete anos de idade aproximadamente é o período infantil mais acessível às impressões que se recebe dos pais, razão pela qual os pais não podem esquecer o dever de orientar os filhos quanto aos conteúdos morais. “O pretexto de que a criança deve desenvolver-se com a máxima noção de liberdade pode dar ensejo a graves perigos (...) pois o menino livre é a semente do celerado.” [1]
    E mais, diante dos filhos insurgentes e incorrigíveis, insensíveis a todos os processos educativos, “os pais, depois de movimentar todos os processos de amor e de energia no trabalho de orientação deles, é justo que esperem a manifestação da Providência Divina para o esclarecimento dos filhos rebeldes, compreendendo que essa manifestação deve chegar através de dores e de provas acerbas, de modo a semear-lhes, com êxito, o campo da compreensão e do sentimento”. [2]
    O período infantil é propício para deixar o espírito mais acessível aos bons conselhos e exemplos dos pais e educadores, pois o espírito é mais flexível em face da debilidade física, daí a tarefa de reformar o caráter e corrigir suas más tendências. Sob o ponto de vista moral, Allan Kardec faz comentário à questão 685-A de O Livro dos Espíritos: "Há um elemento que não se ponderou bastante, e sem o qual a ciência econômica não passa de teoria: a educação. Não a educação intelectual, mas a moral, e nem ainda a educação moral pelos livros, mas a que consiste na arte de formar os caracteres, aquela que cria os hábitos adquiridos”. [3]
    Todos temos necessidade de instrução e de amor. A escola é um centro de indução espiritual, onde os mestres de hoje continuam a tarefa dos instrutores de ontem. A educação, com o cultivo da inteligência e com o aperfeiçoamento do campo íntimo, em exaltação de conhecimento e bondade, saber e virtude, não seráconseguida tão só à força de instrução, que se imponha de fora para dentro, mas sim com a consciente adesão da vontade que, em se consagrando ao bem por si própria, sem constrangimento de qualquer natureza, pode libertar e polir o coração, nele plasmando a face cristalina da alma, capaz de refletir a Vida Gloriosa e transformar, consequentemente, o cérebro em preciosa usina de energia superior, projetando reflexos de beleza e sublimação. [4]
    A melhor escola ainda é o lar, onde a criatura deve receber as bases do sentimento e do caráter. Os estabelecimentos de ensino, propriamente do mundo, podem instruir, mas só o instituto da família pode educar. É por essa razão que a universidade poderá fazer o cidadão, mas somente o lar pode edificar o homem. [5]
    O período infantil, em sua primeira fase, é o mais importante para todas as bases educativas, e os pais espiritistas cristãos não podem esquecer seus deveres de orientação dos filhos, nas grandes revelações da vida. Em nenhuma hipótese essa primeira etapa das lutas terrestres deve ser encarada com indiferença. O pretexto de que a criança deve desenvolver-se com a máxima noção de liberdade pode dar ensejo a graves perigos. Já se disse no mundo que o menino livre é a semente do celerado. Especialmente na primeira infância os pais espíritas devem alimentar o coração infantil com a crença doutrinária, com a bondade, com a esperança e com a fé em Deus.
    Referências bibliográficas:
    [1]            XAVIER, Francisco Cândido. O Consolador. Pelo Espírito Emmanuel. 17. ed. Rio de Janeiro: FEB, 1995, perg. 113
    [2]            Idem perg. 190
    [3]            KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos. São Paulo: questão número 685, Ed. Feesp, 1972.
    [4]            XAVIER, Francisco Cândico. Pensamento e Vida, ditado pelo Espírito Emmanuel , RJ: Ed. FEB, 1997
    [5]            Idem